quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Quarto de Guerra


Fonte: google imagens
   Este foi o filme mais esperado do ano. Ainda está nos cinemas e segundo a crítica teve uma aceitação incrível do público. Finalmente eu pude assisti-lo e novamente fui surpreendida pelo enredo maravilhoso e cheio da graça de Deus.
   Como nos outros filmes dos irmãos Kendrick, este também é voltado para família e, da mesma forma que me apaixonei pelos outros, este acabou entrando para a lista dos favoritos.
   O início do filme foi surpreendente. Parecia um filme de ação. Soldados, aviões, bombardeio. Uma típica cena de guerra. Então vem uma voz feminina forte e suave ao mesmo tempo, falando sobre a guerra e como ela acontece. Eu pensei em mil roteiros diferentes enquanto assistia o começo do filme. Nada poderia ser mais diferente e perfeito do que o desenrolar da história. Posso dizer que a personagem principal, Elizabeth, se parecia muito comigo, nós duas enfrentamos as batalhas, guerreando, nós duas erramos.
   A história não é de guerra, embora seja em um campo de batalha. Elizabeth é uma guerreira como a maioria das mulheres, aposto que se você é mulher e assistiu a este filme se identificou com ela. Clara é a veterana de guerra. Uma mulher que me fez recordar algumas guerreiras que conheci em minha infância. Não sei qual a confissão doutrinária dos autores do filme, porém, a senhora Clara seria chamada por muitos de crente canela de fogo! A gente espera a qualquer momento ela começar a falar em mistério. Ô mulher cheia da graça e do poder!
   Clara e Elizabeth se conhecem em uma situação comum, mas como para Deus nada é comum, esta é a oportunidade que Ele cria para que uma guerreira em uma batalha perdida se encontre com a outra que já lutou e combateu diversas guerras e, por isso, sabe quais armas lutar e a forma correta de ver a guerra terminar em um belo tratado de paz com o não inimigo, enquanto coloca pra fugir o verdadeiro.
   Durante todo o filme a gente sente que esta é uma história real e sente a necessidade de guerrear. Há muitos soldados, alguns feridos, outros lutando pelo lado errado. É preciso compreender o campo de batalha e quem de fato é o inimigo.
   Lágrimas e sorrisos se misturam nesse filme. Os autores não se esqueceram de colocar uma comédia em meio a uma ou outra cena, fazendo com que a sensação de peso emocional se dissipasse até a próxima batalha. O filme é lindo. É verdadeiro. É tão intensamente real que nos faz sentir como se estivéssemos lá em meio as cenas. Os personagens são muito parecidos com as pessoas com as quais convivemos, a exceção da senhora Clara; não vejo mulheres como ela, há muito tempo.  Algo que me surpreendeu ainda mais foi a sensação da presença de Deus em todas as falas da senhora Clara Williams, era como se a mensagem que ela passasse através de seus conselhos e orações, viesse diretamente de Deus para nós. Foi uma sensação muito boa, um tanto inexplicável.
   O final do filme é um chamado. Uma convocação necessária e urgente. Com certeza eu ouvi a convocação e me prontifiquei a entrar nesta batalha. Se você ainda não viu o filme, não perca tempo. Se você é cristão vai amar o enredo.