sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério São Bernardo do Campo Uma História de Amor, Consagração e Fidelidade a Deus.

Emprestado por Joh
Embora não seja membro deste Ministério, eu quis ler este livro pela biografia, uma vez que aprecio a história de pessoas, organizações, cidades, etc. O livro não retrata unicamente a história dessa Igreja, mas começa com um resumo prazeroso sobre o movimento Pentecostal do dia de Pentecoste, passando pela Rua Azuza, até chegar a este Ministério.
O autor do livro escreve de maneira simples e cativante. Não há uma exploração da história de maneira sensacionalista ou apelativa. Ele conta os fatos simplesmente e ainda acrescenta alguns registros da história local, como a formação da cidade de São Bernardo do Campo. As pessoas citadas e reconhecidas como personagens importantes são retratadas como pessoas comuns, mas cheios de amor a Deus e a Sua Obra. Como uma boa biografia, o autor preocupou-se em ilustrar com fotografias, não só do Ministério, mas também das pessoas citadas, como os amados fundadores da Assembleia de Deus no Brasil, os precursores do Avivamento na Rua Azuza, entre outros.
Um aspecto muito positivo no livro foi enaltecer a Deus como Dono da Obra e não os fundadores deste Ministério, além de sempre fazer referências bíblicas e retratar a história com carinho, mas sem desmerecer as demais denominações em nosso País. Além disso, a narrativa mostra para os que não compreendem o porquê de tantos ministérios desta denominação, deixando claro como isso ocorreu no passado.
Eu recomendo a leitura do livro para os que gostam de biografias e para os membros da Assembleia de Deus, independente do Ministério que façam parte. É muito bom conhecer as origens.

As Crônicas de Nárnia

Livro emprestado por Joh

Antes de começar a opinar sobre o livro, gostaria de dizer que me valho do direito de liberdade de pensamento, concedido pela nossa Constituinte. Sei que existem opiniões divergentes da minha e respeito quem pensa diferente. Sou favorável ao debate educado. Há spoiller.

            Eu tive curiosidade em ler As crônicas de Nárnia depois de ler um comentário sobre ele em outro livro. Aí vieram vários comentários de pessoas que o leram e se derretiam em elogios. A curiosidade foi grande e quando o livro chegou a minhas mãos, atirei-me a leitura com prazer. A primeira surpresa foi descobrir que não é uma estória, mas vários contos dentro de um livro que podem se ligar por algum elemento ou personagem. A segunda surpresa foi perceber que não era um livro cristão, como haviam dito pra mim; aliás, eu poderia defini-lo como um livro anticristão e herético. A última surpresa foi perceber que não se tratava de literatura infantil, há situações completamente assustadoras e personagens que fariam uma criança não dormir a noite.

            Como são sete crônicas, vou opinar sobre cada uma.

                        O sobrinho do Mago

            Pelo título, eu já devia supor que haveria magia na estória. Porém, eu não me liguei e comecei a ler ansiosa. O começo foi entediante. Havia alguma coisa enfadonha na narrativa. Eu pensei em desistir, mas esperando chegar aos trechos tão elogiados, prossegui. Duas crianças se encontram em um momento incomum e ambas resolvem dar um passeio por entre as casas do quarteirão, através de uma quase passagem secreta. É aí que elas caem numa cilada de adentrarem o quarto do tio do garoto que é um feiticeiro. Não me empolgou ler isto, mas imaginando que haveria mudanças segui em frente e foi aí que tudo desandou e as crianças foram obrigadas a viajarem no tempo para um lugar desconhecido onde acabaram por encontrar uma terrível feiticeira. A primeira crônica já mostra o quanto o autor desconhece a Palavra de Deus, pois na Bíblia, a feitiçaria é combatida veementemente. Em seguida veio a descrição da feiticeira como descendente de Lillith, o que nos leva a perceber a apologia a uma heresia disseminada por grupos e seitas. Fiquei tão indignada ao ler esse trecho que pensei seriamente em largar o livro pra lá, porém achei melhor obrigar-me a leitura para refutá-lo. Sim, pois não há nada que possa ao menos se assemelhar a Palavra de Deus. É absurdo a teoria de que Aslam, o leãzinho que aparece criando Nárnia, seja uma alusão a Cristo. Comparar meu Salvador com essa figura é blasfemo. A narrativa da criação desse lugar tem alguma alusão à narrativa bíblica sobre a criação do mundo, porém é perceptível a ironia disso. Dá a entender que é uma zombaria a crença cristã. A estória segue com as crianças vivendo algumas aventuras nesse novo mundo e conhecendo muitos seres estranhos, que são típicos de algumas culturas pagãs. Isso só reforça o quanto o livro é apologético as muitas mitologias e crenças que já existiram, mas que vão totalmente de encontro a Palavra. Durante a leitura eu não parava de pensar no que nos exorta o Apóstolo Paulo em suas cartas, quando fala sobre seitas, heresias, e a mentira dos homens que tenta anular a Verdade, através de fábulas. É isso que o livro propõe. As crianças passam por muitas situações conflitantes e até assustadoras, para só então poder voltar para suas casas trazendo uma maçã que se supõe curar doenças. O fim da crônica é uma grande ironia, o autor fala sobre o feiticeiro não querer mais se envolver com feitiçaria, depois de toda situação ruim pela qual passara, mas a impressão que fica é que ele quer atrair o leitor ao mundo do ocultismo, fazendo crer que tudo pode ser uma grande brincadeira.

                        O leão, a feiticeira e o guarda-roupa

            Essa é a crônica mais elogiada e que já ganhou reprodução cinematográfica, embora eu jamais tenha assistido. O começo da narrativa nos faz supor que o professor da estória que hospeda os garotos, é o próprio garoto da crônica anterior, que agora já está velho. Ele tem um guarda-roupa feito com a madeira da macieira plantada pelas crianças na crônica O sobrinho do mago. As crianças, quatro irmãos, resolvem brincar de esconde-esconde e a caçula entra no guarda-roupa e vai parar num mundo diferente, Nárnia. Ela encontra um ser mitológico que a leva para um passeio e depois a ajuda a voltar. A garotinha conta pros irmãos o mundo conhecido e eles zombam dela, mas o mais novo dos meninos acaba indo parar lá também e conhece a feiticeira. Sim, é mais uma crônica recheada de misticismo e apologia a crenças mitológicas. Por fim as quatro crianças embarcam na aventura desse mundo desconhecido, encontram aventuras, momentos assustadores e aterrorizantes, conhecem o leão que é o rei do pedaço, mas que não manda em nada; lutam contra a feiticeira e voltam pra casa, para descobrir que saíram há poucos minutos. Não há nada de belo na narrativa da morte do leão. Embora muitos apontem como uma analogia ao sacrifício vicário de Cristo, eu vejo que se houve uma intenção análoga, foi mais uma zombaria a fé cristã. Quem ler a Bíblia e busca conhecê-la, percebe que Ela refuta completamente esse livro. Não há a menor chance de serem comparados.

                        O cavalo e seu menino

            Essa crônica é uma das poucas que começa empolgante sem a presença de seres mitológicos e sem uma narrativa enfadonha. Um garoto vivendo em regime escravo ver chegar a sua cabana um homem rico que fala sobre um lugar de fartura. O dono do garoto negocia a venda dele com o homem e o menino fica a ponderar sobre o seu futuro, até que o cavalo do homem rico convence-o a fugirem, e eles embarcam em uma grande aventura. No meio dela conhecem uma garota com sua égua que também estão fugindo. Eles vivem algumas aventuras e a crônica perde a graça quando os seres mitológicos ressurgem. O leão demonstra um lado nada legal quando fere a garota. O casal de crianças e os animais chegam a Nárnia para viverem felizes para sempre. E aí ficam algumas indagações ao leitor: o autor teria preconceito com negros? Porque ele descreve as pessoas boas como sendo de pele branca e o povo mau como de pele escura. O autor compactua com a pedofilia? Ele apresenta a garota como uma criança fugindo de um casamento, para em seguida fazê-la casar quando chega a Nárnia. Ele teria preconceito com anões? Ele os menciona em todas as crônicas quase sempre como se eles fossem iguais aos seres mitológicos.

                        Príncipe Caspian

            Essa é uma crônica de aventura que seria bem legal se não fosse a mitologia e o misticismo presentes. Os quatro irmãos voltam a Nárnia e novamente enfrentam perigos e situações difíceis. Eles têm que enfrentar batalhas externas e conflitos entre si. O leão aparece como se fosse o auxílio que eles precisam, embora que isso só ocorra quando não há mais saída. Então o leão os manda de volta ao seu mundo, avisando que os dois mais velhos não retornarão mais a Nárnia. O que nos leva a pensar o porquê de somente as crianças pequenas poderem adentrar nesse mundo. Seria isso uma forma de mostrar que os maiores são capazes de compreender tudo enquanto os pequenos são facilmente manipulados?

                        A viagem do peregrino da Alvorada

            As duas crianças mais novas estão de volta ao mundo de Aslam, porém trazem consigo o primo chato que reclama de tudo. Eles seguem num navio para uma viagem recheada de aventura com o príncipe de Nárnia, passando por muitos perigos e conhecendo muitos lugares. No meio dessa aventura novos seres mitológicos são apresentados, além de algumas teorias serem trazidas a estória. Um dos garotos é transformado em um dragão e isso nos faz lembrar o quanto a Palavra de Deus compara o nosso inimigo como um dragão. Eles se divertem com tudo o que vivem até serem enviados de volta para casa. Menos o primo chato que provavelmente não se divertiu quanto gostaria nesse mundo louco.

                        A cadeira de prata

            Agora é a vez de o primo chato ser enviado a Nárnia junto com uma amiguinha do colégio. Eles vão meio sem querer, escolhidos para uma missão que transparece ser desnecessária. O leão os atrai e dá as diretrizes à garota de maneira que ela não deve se esquecer. Então eles embarcam na aventura em busca de salvar o príncipe de Nárnia, juntamente com um ser mitológico que deverá ser o guia de ambos, mas que é muito pessimista e um tanto supersticioso. A aventura é cansativa. Não dá muita empolgação pra ler. Eles encontram uma feiticeira (sempre tem uma nas estórias) e ela os engana jogando-os diretamente a morte. As crianças descobrem a verdade e fogem caindo num buraco que os leva ao centro da terra onde novos seres mitológicos os prendem e os levam a um castelo, onde está um jovem tolo. Depois de verem tanta coisa sem sentido eles percebem que é ali sua missão e lutam para sair. A feiticeira é destruída quando ela torna-se uma serpente assustadora. As crianças, o ser mitológico e o rapaz retornam a Nárnia onde há uma grande festa, depois o leão os leva de volta ao colégio assustando as outras crianças e a diretora. Definitivamente o leão não dá pra ser um rei pelo simples fato de só aparecer quando todos já têm salvado o dia.

                        A última batalha

            Finalmente a última crônica do livro! Já não aguentava mais ler tanta bobagem. Nessa última um macaco resolve bancar o esperto em Nárnia. Ele usa um pobre asno para ser o seu serviçal e montam um teatrinho para os outros habitantes do lugar, fazendo-os crer que o asno é Aslan. É claro que ele o coloca fantasiado e só o apresenta a noite no escuro. Os bichos tolos dão crédito e começam a obedecer às ordens absurdas. Nessa crônica o preconceito é nítido. O autor cita humanos e anões, dando a entender que ele considera estes, como seres não humanos. Ele também coloca os calormanos como inimigos mortais de Aslan e estes são descritos como homens de pele escura e adoradores de um deus horrível. Em parceria com o macaco, os calormanos tentam escravizar os narnianos e inventam que tanto faz o leão deles quanto o deus dos outros, são todos iguais. Os bichos começam a ficar confusos e aí as crianças da crônica anterior, reaparecem para ajudar o rei de Nárnia e os demais moradores que não seguem o macaco. Há uma grande batalha, e todos vão parar em outro lugar aonde só vão os escolhidos de Aslan. Então Nárnia deixa de existir. Se a intenção era que essa crônica fosse uma analogia ao livro de Apocalipse, eu só posso dizer que é um pensamento absurdo. O leão, em todas as crônicas, foi uma figura apática, deixando a seu povo e a sua terra sofrerem danos terríveis, até que alguma criança vinha resolver, pois ele mesmo não resolvia nada. E às vezes ele era até mesmo malvado. Enfim, querer comparar estas crônicas com a Palavra de Deus é tão absurdo quanto querer comparar qualquer crença pagã com o cristianismo verdadeiro, puro e simples.

 

            Eu não aprovo o livro. Daria milhares de estrelas negativas. Achei o livro herético, preconceituoso e enfadonho. A narrativa é na maioria das vezes cansativa. E não digo isso porque reprovo o conteúdo, porque já li livros que reprovava o teor com toda a minha alma, mas não conseguia deixar de ler porque simplesmente o autor conseguia prender-me a sua escrita. Este, entretanto, foi tão chato que levei muitos meses para conseguir lê-lo. Cada vez que lia um parágrafo já dava vontade de parar e desistir. Não afirmo que isso foi em todo o livro, pois na crônica O cavalo e seu menino, a narrativa foi mais interessante. Enfim, para os que pensam que é um livro cristão, não é! Recomendo-lhe que não percam seu tempo. Leiam a Bíblia e mergulhem nas cartas paulinas com o coração aberto, que refutaram este livro com toda convicção. 


sábado, 15 de julho de 2017

A arte de amar

foto: google imagens
Eu esperava uma aventura emocionante e a autora me concedeu um começo maravilhoso, para ir perdendo a emoção aos poucos. A estória não é ruim, de maneira alguma, mas tem morte demais.
Roberta é uma garota órfã de mãe, até aí é quase a mesma coisa da maioria das personagens da autora, ela é criada pela avó e uma tia entediante, mas tem um pai em algum lugar e ela resolve ir até ele, fugindo. É um começo clichê. A autora faz um resumo do tempo em que ela vive com seu pai até perdê-lo também, aí é onde ela embarca em uma aventura para América na época da corrida do ouro. E é essa parte que eu esperava mais emoção. O começo da aventura é realmente bom, até ela conhecer o mocinho que não agradou. Honestamente eu sempre gostei dos mocinhos da Barbara, mas este não foi nenhum pouco interessante. A mocinha é tão vivaz que merecia um par a altura, mas... Enfim, entre encontro forçado (pela autora) e desencontro mais forçado ainda, ela recomeça a aventura e eu torcia para que ela encontrasse o sujeito perfeito, mas lá vem reviravolta e o cara nada interessante reaparece. O fim é meio sem graça. Faltou a emoção presente em outros livros da Barbara. Honestamente ela tava inspirada quando pensou na Roberta e no garotinho coadjuvante, mas quando ela foi criar o mocinho a inspiração se perdeu e saiu um cara apagado. Aliás, ele é o único personagem que não agradou.

Enfim, se você gosta de livros bobos de romance, este é o livro. Merece 3 estrelas, e isto porque gostei da mocinha.

A bela cortesã

foto: google imagens
Quando li o título fiquei meio em dúvida se leria ou não o livro porque imaginava uma estória imoral. Então li a nota da autora explicando o hábitos dos nobres de sua época que viviam a manter amantes e gastar fortunas com cortesãs, então resolvi ler para ver no que dava.
Celita a mocinha não é uma cortesã, o que me fez querer continuar a leitura empolgada. Ela é apenas uma garota inocente que quer ajudar seu irmão a ganhar dinheiro para salvar o castelo deles. Eu gosto dessas histórias que envolvem os nobres porque a gente tem uma noção mais real do que era a nobreza e nos faz enxergar que não existem príncipes encantados. Os nobres a volta de Celita eram rapazes desajuizados torrando fortunas herdadas e mendigando entre os amigos ainda afortunados. Mas embora pobres, eles ainda queriam apresentar-se como ricos, cheios de orgulho e gastando o que não tinham com belas mulheres cortesãs. O irmão de Celita era um desses, e em meio a sua falsa imagem de nobre ele recebeu um convite por outro tolo da corte. O jeito da mocinha é cativante, embora ela tenha um modo infantil de ver tudo a sua volta. Na aventura criada por seu irmão, ela acaba se apaixonando pelo tolo conde e salvando-o de perder sua fortuna de uma das cortesãs.
Honestamente o livro não é como eu esperava. Não é ruim e nem é bom. Desnecessário, provavelmente. A única coisa interessante foi conhecer um pouco mais de história com a retratação detalhada da autora, sobre a nobreza de sua época.

sábado, 17 de junho de 2017

Resposta aos jovens

livro emprestado por Joh
Este é um daqueles livros que todo adolescente e jovem deveria ler. É como se fosse uma conversa agradável de alguém que já passou por várias situações típicas destas fases da vida.
O livro intenta chamar a atenção do leitor para vários temas, como se fossem respostas às perguntas que fazemos dentro de nós, com ilustração de testemunhos de vários jovens pelo mundo a fora.
É uma leitura ao mesmo tempo leve e profunda. Não nos força, antes nos traz prazer e nos leva a refletir sobre o tema em questão e a experiência apresentada.
Uma das reflexões foi parar em meu diário porque me chamou bastante a atenção: “A vida é como uma moeda. Pode guarda-la muito tempo em sua bolsa; com a mesma moeda você pode comprar coisas diferentes, boas ou más. Mas tome cuidado! Não a pode gastar se não uma vez. É preciso saber gastar a vida como deve ser. Eis a razão pela qual sou feliz em minha vocação.” Gladys Aylward – missionária no Extremo Oriente pg. 26
Os temas abordados no livro são: Deus, vida, morte, guerra, miséria, luxo... Coisas que vemos e questionamos muito enquanto mais jovem. Para cada tema tem uma bela história e uma lição de vida que nos faz pensar e refletir, algumas nos arrancam sorrisos e outras nos levam as lágrimas.

Merece muitas estrelinhas porque realmente eu amei o livro e recomendo a todos!

A princesa fugitiva

foto: google imagens
Gosto muito de ler os livros da Barbara Cartland. São livros fofos com estilo conto de fadas.
Este conta a estória da princesa Thea de um reino na Europa que nunca ouvi falar e não sei se é fictício ou não, mas é um lugar bonito nos Alpes. A princesa é uma mocinha como todas as outras criadas pela autora: linda, alegre e inocente. Thea ama cavalgar e sonha com um príncipe perfeito, mas seu pai tem outros planos que incluem casamento com um rei velho de um reino vizinho. Certa que não pode suportar tamanha desventura, ela foge e vai parar no meio de uma bela floresta onde encontra um pintor, bonito e perfeito como o príncipe de seus sonhos. O típico mocinho da autora.
Thea e Nikós se apaixonam a primeira vista e logo começa todo o mel com açúcar. Os livros da Barbara ultrapassam o romantismo meloso de qualquer autora que já tenha lido. Eu vi apenas uma diferença neste livro: o aspecto físico. Todos os outros livros que li trazia o romantismo só na melosidade das palavras e no máximo saia um beijinho. Neste, o mocinho é bem diferente, mas não há o apelo sexual dos livros de romance de outros autores. Nikós é homem sujeito a paixão, mas que luta para não tirar a inocência da mocinha e a pede em casamento quando ambos estão na maior enrascada, sequestrados por bandidos horríveis. Como em todos os livros o mocinho é um herói super corajoso e disposto a tudo para manter a mocinha protegida. Eles se casam sem que Thea revele sua identidade e sem tampouco ela saber quem de fato é seu herói. Então ele pede para que ela volte pra casa e conte tudo aos seus pais e aí... Eles foram felizes para sempre!

Não é um livro importante e necessário, é apenas uma daquelas leituras para quando não estamos a afim de algo real e reflexivo. Para aqueles dias em que estamos querendo ler algo fantasioso e sem malícia, com príncipes e princesas que não sejam da Disney, recomendo os livros da Barbara.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Para salvar uma vida

Livro emprestado de amigo, filme de mainha. Foto Arquivo pessoal

Assisti ao filme alguns anos atrás e ele mexeu muito comigo. Depois disso assisti mais algumas vezes e só agora que li o livro. Por incrível que pareça esta foi a primeira vez em que li um livro com a história igual ao filme. Apenas algumas passagens de pensamentos do personagem que não há no filme, mas que vemos nos olhos do ator e uma ou outra descrição de personagens que não batem com os do filme. Todavia não muda a história.
Jake é um rapaz com uma vida perfeita, pelo menos é o que ele pensa até estar no funeral de seu melhor amigo de infância, Roger. Ele então começa a relembrar toda sua historia com o ex-amigo e o seu pensamento começa a mudar, a partir daí ele tem uma crise existencial com todas as dúvidas e perguntas típicas dos seres humanos quando saem da bolha em que vivem. Isso acaba sendo um divisor em sua vida e a nova vida que ele começa é marcada por pessoas que ele jamais pudera imaginar que fariam parte nessa nova etapa de sua história.
Eu e Jake temos algo em comum, Roger. A diferença é que ele e Roger foram amigos na infância até parte da adolescência. Eu e ela não. Eu a conheci na infância também, mas não fizemos amizade. Eu era uma garota chata e preconceituosa. Ela não era como as outras garotas, mesmo que não tivesse um defeito físico como Roger, sua diferença estava na sua criação e os rótulos que a nossa sociedade impunha na época. Enfim, eu não queria ser amiga dela e ela estudava em minha sala. Aí um dia ela resolveu frequentar a nossa igreja e fazer parte do nosso conjunto infantil. Eu tinha uns 8 anos e queria ser a única cantora do lugar e aí ela cantava, e o pior, para uma garota metida igual a mim, ela resolveu cantar numa aula que a professora deu liberdade para os alunos se apresentarem, e ela cantou um hino de nosso conjunto! Eu fui tomar as providências, é claro. Fiz o meu discurso e saí de nariz empinado. Essa foi a memória que me veio no dia em que soube de sua morte. Assim como Jake, todas as lembranças me vieram com força e as lágrimas foram invitáveis. Lembrei das poucas conversas que tivemos ao longo de sua curta existência, lembrei de quando entramos na adolescência e das histórias contadas pelo povo, ela não fazia mais parte da igreja e agora era mal falada. Lembrei-me de quando soube que ela fora embora, e com meu orgulho idiota, achei melhor que isso tivesse lhe acontecido. Lembrei-me do dia em que ela voltara agora como cristã. Foi um impacto. Ela chegou a nossa igreja e estava muito mudada. Eu ainda não conseguia fazer amizade com ela, mesmo que eu já tivesse bastante diferente e sem preconceitos. Mas parecia que nós nunca conseguiríamos nos entender. Tentei por um tempo, conversávamos e eu a ouvi contando sobre suas experiências com Deus, lá fora. A sua história de conversão era linda! Foi um susto quando ela se afastou da igreja e começou um relacionamento que culminou em um casamento logo em seguida. Eu sabia que eu devia ir visitá-la, mas relutei. Deus me tocara no coração por diversas vezes para falar-lhe, só que eu acabei protelando até aquele dia inevitável, não havia mais volta. Ela atirou em si mesma e acabou com toda a chance de sua vida. Chorei e chorei por muitos e muitos dias. Cada vez que eu me lembrava dela e de tudo que ficara sabendo sobre sua vida. Ela fora incompreendida, sofrera muito e ninguém se importara com sua dor... Enquanto assistia ao filme eu só conseguia me lembrar dela e chorar.
A decisão de Jake após a morte de Roger foi de salvar vidas. Eu resolvi que faria o mesmo. Não sei se consegui fazer a diferença na vida de alguém, mas resolvi não deixar pra amanhã a conversa que posso ter hoje.
Enquanto escrevo posso recordar-me dos olhos dela brilhando ao falar sobre o cd que mais tocara sua vida: Nos Braços do Pai - Diante do Trono. Nunca mais consegui ouvir qualquer melodia deste cd sem pensar nela e sem querer voltar no tempo e consertar isso. Talvez se tivesse ido a casa dela, ela estaria aqui hoje. Ela ainda cantaria com sua bela voz. Mas não há voltas.
Para salvar uma vida é uma bela história sobre amor e perdão. É para todas as pessoas. Talvez alguns assistam ou leiam e ache que é bobagem, mas não é. Somente quem conviveu de perto com uma história como essa, sabe o quanto a dor é real e o quanto algumas pessoas são frágeis e precisam de nós. Tudo que algumas pessoas precisam é de alguém que os ouça e os ame. Como Roger queria ser ouvido e não encontrou ninguém para uma boa conversa, como ela queria ser amada e não encontrou o amor em nenhum lugar onde esteve.
Recomendo o livro e o filme. Ambos são maravilhosos.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Pentecoste para todos

Arquivo pessoal

Ainda estou sentindo o sabor deste livro. Foi o último dos livros que me emprestou meu amigo. É um daqueles livros que não dá pra julgar pela capa e nem pelo título, porque a gente imagina várias coisas até se surpreender com o conteúdo.
O autor aborda o Pentecoste acontecido após a assunção de Jesus aos céus e o traz para os dias de hoje. Ele mostra através da bíblia porque esta é uma promessa para o tempo presente e como ela acontece e o porquê acontece, além de como e os benefícios que produz a Igreja e ao povo de Deus.
Durante a explanação do assunto me vi mergulhada e envolvida nesse tema e percebi o quanto eu precisava buscar mais ao Senhor e ao Espírito Santo em minha vida. O livro nos empolga a entrar numa jornada de busca por mais de Deus em nós e para nossa comunidade cristã. Sem sombra de dúvida eu fui profundamente tocada e constrangida a converter-me mais e mais ao Senhor.
Não posso negar que algumas das observações que o autor faz me deixaram meio que incertas se concordo com ele, são questões puramente teológicas que não afetam a leitura e nem prejudicam o conteúdo do livro. Acho que faz com que a gente queira aprofundar ainda mais o nosso conhecimento no assunto. Talvez esse tenha sido justamente o objetivo e de fato, eu com certeza vou buscar aprofundar-me mais no tema.
O livro tem registros históricos mesclados com estudos e reflexões muito prazerosos de se ler. É aquele livro que nos empolga e nos faz refletir na mesma medida em que desejamos continuar na leitura. Há inclusive um clamor ao despertar que me fez escrever um lembrete em post-it e colocá-lo em meu monitor.
“O mundo não lê a Bíblia, porém lê contínua e diariamente as nossas vidas. Somos as Bíblias dos que vivem no mundo sem Cristo. Que observarão os homens em nós, quando nos olham? Verão vitórias constantes sobre o pecado? Leem eles nossas vidas algo maravilhoso que os atrai pra Cristo? Ou ficarão desapontados ao lerem esta ‘bíblia’?” Livro pentecoste para todos - página 90
Há muito mais a refletir nas páginas deste livro, mas esta mensagem com certeza em marcou muito e espero que também o leve a reflexão e ao desejo de ser a ‘bíblia’ que Deus quer você seja.
página 120

Recomendo a leitura deste livro com urgência aqueles que realmente querem servir a Cristo em inteireza de coração e desfrutando daquilo que Ele tem para nós como sua Igreja. Cinco estrelinhas é muito pouco, daria uma constelação! 😇
“Despertai crentes, despertai igrejas, procurai ter em vossas vidas o fruto do Espírito, o fruto que o mundo não possui, o fruto que os homens procuram ver, o fruto que dirá se sois verdadeiros crentes, fruto doce, fruto que louva a Deus.” Livro pentecoste para todos - página 126 último parágrafo do livro.