domingo, 3 de abril de 2016

A Mulher V


Honestamente eu não queria ler este livro. Não era pelo tema, capa ou a sinopse. Simplesmente não fui com a cara da autora.
Eu o li ano passado. Foi um presente de uma amiga especial que esta fazendo aniversário hoje (http://modernafilhadeeva.blogspot.com.br/) e nada mais justo do que homenagea-la com uma quase resenha do livro que ela me deu há um ano.
Sim, foi um presente de aniversário da minha melhor amiga, por isso eu tinha que ler. Eu o peguei com total desânimo, uma vontadezinha de jogá-lo pra lá. Mas, amigas de verdade ouvem o conselho e seguem na leitura de algo novo, de uma autora que não conhecemos e que não nos causa das melhores impressões.
Vamos ao que interessa: O livro! Realmente ele me surpreendeu. Das primeiras páginas ao final, eu amei. Ainda não consigo associar o texto com a escritora, mas... O livro é bom! Muito bom!
Não é autoajuda, pelo menos não foi essa impressão que tive. Ele é mais uma análise do capítulo 31 de Provérbios, ilustrado com personagens bíblicas e reflexões.  Para cada qualidade da mulher de Provérbios vem uma reflexão sobre esta, e sugestões bíblicas. Sim, há questionários e orientações para que sejamos virtuosas, mas não é pelos métodos comuns, é pela vida espiritual. (E é aí que não consigo associar a autora com o livro). Ela enfoca muito a Bíblia e prática de vida diária com Deus. Há incentivo à oração e ao crescimento espiritual pela leitura da Palavra. E o mais interessante é que a leitura é tão dinâmica que nos sentimos como se estivéssemos em um bate-papo com uma amiga cristã, estudando a Bíblia.
O livro conta com páginas de anotações e nos faz querer marcá-lo e escrever trechos dele em nosso diário. Foi isso que fiz. Pintei-o de marca-textos cor de rosa, laranja, verde; escrevi as perguntas e respostas na minha agenda, grifei e marquei partes interessantes e fiz correção em uma explicação dela quanto à Débora e Baraque. Depois de lido, voltei às partes grifadas e reli. Senti que este era um livro especial, um daqueles livros que temos que voltar a ler de vez em quando porque ainda tem algo que precisamos absorver para nosso crescimento e edificação.
Bom, não fosse por minha BFF e a insistência dela de que era um livro ótimo, eu nunca o teria lido. Agora, sinto-me imensamente feliz por tê-lo feito. Eu aprendi muito. Eu cresci espiritualmente. Eu amadureci e vi muitas coisas mudarem em minha forma de pensar. Inclusive esta: nunca julgue um livro pela cara da escritora!
Eu realmente recomendo este livro a todas as mulheres cristãs, sejam casadas ou solteiras. Ser uma mulher V é o que todas nós deveríamos lutar para ser. Porque nós bem sabemos que é isto que Deus quer de nós.
“O que é verdadeiramente raro nos dias de hoje? Mulheres que são felizes consigo mesmas (...) Esta raridade não pode ser comprada ou encomendada em lugar algum. Não porque esteja em falta; simplesmente, ela só está disponível para aquelas que escolhem o caminho da sabedoria.” A mulher V pg. 21



sexta-feira, 1 de abril de 2016

Cartas e memórias


Tinha uma coleção de cartas e foi isto que li nos últimos dias.
As lembranças da adolescência vieram com força. Pessoas que nem lembrava mais, voltaram a minha memória. É engraçado relembrar coisas de 15 anos atrás ou mais.
As pessoas não deviam optar por conversar via chat e sim por cartas. É mais pessoal e mais valioso.
Embora as guardasse por todos estes anos chegou o momento de sepultá-las junto com as recordações. Na realidade optei por cremá-las junto às memórias. Tudo bem, as memórias não se apagam. Porém, posso simplesmente esquecer muitas pessoas ao fazer isto. É bom lembrar-se de quem nos fez bem. É bom esquecer quem não fez algo marcante, que apenas passou e se foi. Foi com este pensamento que encerrei esta etapa da vida: “Não vos lembreis das coisas passadas...” Isaías 43.18.
Como o passado está lá num tempo em que não volta guardar cartas de quem não voltará ao meu circulo de amizades, é tolice. E, embora eu seja sentimental e apegada as coisas comecei por estas e prossigo para outras. Meu alvo é o futuro e vou me desprendendo suavemente do passado, vivendo o presente como ele é.
Ainda tenho cartas comigo, de pessoas que se correspondem hoje e para elas tem um lugarzinho especial em meu baú de memórias! Eu com certeza amo escrever e receber cartas, mas nem todos curtem esse método antigo de conhecer uma pessoa. Relendo as cartas percebi que as pessoas tentavam falar sobre si um pouco mais sincero do que vemos nas redes sociais. Bons tempos... Mas, como tudo passa e só o amor permanece, aqueles que nos amam sempre ficam por perto, sempre dão o jeitinho de estar presente.
Ler cartas é tão bom quanto ler diários antigos, caderninhos de enquetes... Eu tinha dois caderninhos destes, de quando tinha 13 anos e do meu último ano na escola. Foi interessante reler as respostas e os sonhos de cada um. O engraçado foi ver que a maioria das pessoas mudaram totalmente seus sonhos e planos. Entretanto, percebi que alguns não queriam mudar, a vida se encarregou de levar pra longe seus objetivos.
Enfim, acabou mais uma fase nostálgica. Resolvi ser mais realista, mais pé no chão. Vou voltar aos livros e as novas cartas que virão.