sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

O sofrimento do povo judeu

Foto: Arquivo pessoal

Depois de ler o livro Israel de Herodes a Dayan eu fiquei super curiosa sobre a história do povo de Deus e aí achei este livro entre os que meu amigo André Lira emprestou-me.
De cara amei a capa e já parti pra leitura. O livro é ótimo, pena que muito pequeno.
O autor procurou conhecer a história do povo judeu e as causas e consequências dela, com isso temos um livro cheio de relatos incríveis e reflexões maravilhosas, sempre com citações bíblicas e as devidas referências para facilitar a leitura.
Honestamente eu conhecia um pouco sobre o sofrimento dos filhos de Abraão, mas jamais pude imaginar que este sofrimento fosse tão grande e tivesse ocorrido também por alguns homens que se diziam cristãos. Aqueles que diziam ser representantes de Deus na Terra planejaram massacres hediondos e fizeram coisas que até Hitler passaria por bonzinho, se comparado com eles.
De acordo com os muitos registros históricos sobre este povo, o escritor do livro optou por selecionar aqueles que foram mais marcantes, e ainda assim a gente se pergunta como um povo poderia sobreviver a uma perseguição tão intensa em tempos tão difíceis? Mas ao mesmo tempo em que nos perguntamos isto, chegamos à conclusão que esse povo sempre foi vencedor por causa Daquele que os escolheu: Deus! Sim, como disse o salmista: “1 Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, ora diga Israel; 2 Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós,3 Eles então nos teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós.4 Então as águas teriam transbordado sobre nós, e a corrente teria passado sobre a nossa alma;5 Então as águas altivas teriam passado sobre a nossa alma;6 Bendito seja o Senhor, que não nos deu por presa aos seus dentes.7 A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos.8 O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez o céu e a terra.” Salmos 124
Para aqueles que amam história, para aqueles que amam Israel, para aqueles que amam o povo de Deus, eu recomendo a leitura deste livro. A narrativa é excelente, nos traz sentimentos diversos e nos faz desejar conhecer mais sobre este povo peculiar.

Israel de Herodes a Dayan

Foto: Arquivo pessoal

Este livro maravilhoso e muito curto retrata um dos temas que mais amo: o povo escolhido por Deus. O autor narra à história do povo judeu, muito resumidamente, mas não menos empolgante, desde que Herodes subiu ao trono, até o general Dayan que ajudou a nação a voltar ao seu lugar.
A história do povo judeu é incrível. Somente um povo escolhido poderia ter vivido uma jornada tão peculiar. Enquanto buscavam ao Senhor eles viviam uma vida abençoada em seu lugar, depois que foram dispersos passaram por muitas situações difíceis, mas nunca deixaram de ser um povo especial para Deus. O autor preocupou-se em contar a história sempre relembrando o leitor de profecias bíblicas ou narrativas dos evangelhos e outros livros da Bíblia que contam a trajetória dos israelitas.
Não há como comentar sobre o livro sem dar spoiler então prefiro deixar apenas uma frase: Leia este livro!
Bom, mesmo que você não goste de ler, mesmo que você não seja judeu, nem cristão, nem descendente de nenhum, apenas leia para enriquecer seu conhecimento histórico. Muito bom! 5 estrelinhas é pouco!

Traços da vida de Paulo Leivas Macalão

Foto: Arquivo pessoal

Esta biografia do pastor e compositor Paulo Macalão não é tão boa como outro livro que li anos atrás do mesmo tema. Acredito que quem juntou as memórias e agrupou neste livro não tinha muita ideia de como fazer uma biografia...
Bom, o livro fala um pouco sobre a vida dele e seu ministério, traz algumas informações peculiares para quem é assembleiano. Sem dúvida é um livro importante para quem tem interesse em conhecer a história da Assembleia de Deus no Brasil.
O início retrata um pouco da vida dele na infância e sua conversão, sem muitos detalhes. Depois vem a parte sobre o ministério e fala sobre algumas de suas composições. Honestamente eu esperava mais detalhes, principalmente sobre os hinos que ele compôs. Os detalhes sobre a sua obra cristã acabaram sendo trocado por nomes e mais nomes de pessoas que ele conheceu e que apoiavam o seu ministério.
O livro tem algumas fotografias, o que fez com que eu apreciasse a leitura com mais prazer ainda! De certa maneira, enquanto lia a história me senti transportada no tempo e vi através da imaginação a Igreja daquela época, quando tudo começou na região sudeste e centro-oeste. Pude perceber o quão diferente eram os cristãos daquele tempo, alguns dos quais ainda vivem e hoje são totalmente diferentes. Pude recordar as histórias de meus pais, cristãos conversos no período em que o pastor Paulo era o presidente do ministério de Madureira. Como tudo ficou diferente! Ouso dizer que se houvessem ossos do pastor no túmulo, eles devem estar se revirando com a situação a que chegou a Igreja que ele tão cuidadosamente plantou. Mas, cada um há de prestar contas diante do trono do Todo Poderoso.
O pastor Macalão deixou uma bela história que deve ser lida por todos aqueles que fazem parte da Assembleia de Deus no Brasil, ainda que sirvam ao Senhor em ministérios diferente do que ele fundou, não podemos esquecer jamais que a maior parte dos hinos comumente cantados nas igrejas Assembleias é de sua autoria.
Recomendo o livro aos curiosos sobre grandes homens de Deus.


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

A Marca de uma lágrima

Foto: Arquivo pessoal
Li este livro em um domingo desses.
Sou o tipo de pessoa que tem dificuldade de sair da minha casa para ir à casa de alguém que não conheço. Mas, por obrigação familiar, lá fui eu pra um lugar perdido no meio uma paisagem incrível (que lembra as ruínas de cidades antigas, achadas pelos arqueólogos) conhecer a futura esposa de meu cunhado.
Foto: arquivo pessoal de Tão, tão distante
Eu, uma matuta da cidade, ficava apenas assustada com o deserto e não sabia o que falar aos moradores do lugar, até que alguém teve a feliz ideia de falar que eu gostava de ler e trouxeram dois livros para que eu desse uma espiada.
De cara gostei da capa deste, o outro não me causou nenhum interesse, o pouco que li era extremamente chato, mas este me pareceu ser legal por ter um suspense.
Bom, vamos ao que interessa: a estória!
(Este é um livro voltado para o público adolescente e o começo da estória parece meio chato.)
Isabel é aquela garota que vive em guerra com o espelho; seu pior inimigo a enfurece e entristece o tempo todo, entretanto ela é muito inteligente. Aos 14 anos ela tá naquela fase de se apaixonar perdidamente e isso acontece em um momento que ela não imaginava: no aniversário de um primo supostamente chato e que ela não se recordava de já ter visto antes! Porém, seu primo Cristiano torna-se seu grande amor à primeira vista! Mas, ele cai de amores por sua melhor amiga, Rossana. Isso pode parecer uma tremenda falta de sorte, porém ela atribui a esta perda o mesmo motivo de suas constantes batalhas perdidas contra o espelho: ela é gorda, cheia de espinhas e portanto, feia demais para conquistar o garoto mais lindo do mundo (mundo dela, com certeza). Rossana parece ser o seu oposto, e isso lhe dói bastante, e como se isso não bastasse ela tem um garoto chiclete na sua cola, quando tudo o que ela queria era chorar a desilusão e afogar as mágoas em uma bebida nunca antes provada. E como se isso fora pouco, ela é beijada no jardim quando tudo a sua volta parece girar.  Tudo isso nos minutos seguintes em que ela conhece o Cristiano.
Bom, a estória seria muito chata se ficasse em seus amores e suas dores de cotovelo, mas o autor nos premia com um suspense quando a Isabel e Fernando são pegos matando aula e levados a sala da diretora que está mortinha da silva! Aí começa a emoção. Ela com sua mente super criativa começa a desconfiar do aparente suicídio da diretora, e a partir daí, sente-se amedrontada por mais inimigos que ela não consegue ver e ainda tem que viver chorando e escrevendo poesias para Cristiano em lugar de Rossana, já que sua melhor amiga é um tanto burrinha. Por outro lado, Fernando não parece desistir de conquistá-la e o fato de terem visto a diretora morta, os aproxima cada vez mais, até que ela se vê numa tremenda enrascada por causa dessa história e vai parar no hospital.
Quando tudo parece ser o triste final de Isabel, o príncipe aparece e a salva. Ela acredita ter sido Cristiano seu grande amor e com todos os esforços possíveis ela luta para sobreviver e se declarar, finalmente, para ele.
O fim da estória é bem fofinho. Com direito a declarações de amor e beijo de felizes para sempre!
Boa parte do que Isabel viveu nesta trama fez-me recordar a adolescência. Bateu um pouco de nostalgia. Para aqueles que gostam de literatura infanto-juvenil, este é um livro legal, apesar de ter em muitas partes um incentivo a sexualidade precoce. Fora isso, eu recomendo o livro.


quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Bíblia Círculo de Oração

Minha Bíblia linda!

Eu amo ler a Bíblia!
Sinceramente não consigo imaginar passar os meus dias sem meditar nas Sagradas Escrituras. Embora já possua várias Bíblias em casa, algumas inclusive de Estudo, eu pedi esta a meu marido de presente de Natal em 2014. Eu não a conhecia e a vi na internet apenas superficialmente. O motivo da escolha foi a cor e o fato de ter a Harpa Cristã. (Eu não tinha Bíblia com Harpa e isso era incômodo nos cultos.) Não imaginava que ela se tornaria uma das minhas Bíblias favoritas. Até então, eu vivia considerando como as melhores Bíblias de estudo, a Pentecostal e a da Mulher (editora Atos). Agora, eu estou em dúvida entre a Pentecostal e esta.
A Bíblia Círculo de Oração é incrível! Ao mesmo tempo em que lemos a Palavra, nós somos convidados a orar. Tem vários estudos sobre oração e vários testemunhos maravilhosos. Alguns testemunhos me tocaram profundamente! Há muitas reflexões também e sugestões de oração. Eu amei cada puxão de orelha enquanto refletia sobre a oração e enquanto orava. Também saí pintando tudo que me marcava, inclusive uma das reflexões mereceu todo destaque, porque simplesmente ela me fez enxergar meu erro.
A Sala de espera de Deus, uma das minhas reflexões favoritas.

O início dela conta a história do Círculo de Oração, como surgiu, por quem ele teve início e traz algumas fotos. Eu fiquei maravilhada em saber que tudo começou aqui em meu Estado, na minha igreja, e daqui foi para as igrejas no mundo! Deus é maravilhoso.
Enquanto lia e meditava em suas reflexões e orava com as orações que há nela, eu fui crescendo. Foi uma coisa de Deus! Com certeza o Senhor já havia preparado o caminho para que eu tivesse essa Bíblia e a lesse nesse último ano. Ela contribuiu muito para meu desenvolvimento espiritual e abençoou muitas pessoas, tenho certeza.
Ah eu ia esquecendo, ela tem as reflexões, orações, testemunhos, e alguns trechos da Palavra, como as falas de Jesus, na cor rosa. A capa é perfeita. Linda mesmo! Além disso, ela possui concordância, Programas de Oração, caminhos de oração, incentivos à oração, guia temático de orações da Bíblia, páginas para colocarmos motivos de oração e mapas coloridos.
Enfim, ela é perfeita! Cinco estrelinhas é pouco, se pudesse daria uma constelação! 
Super recomendo! 

Igrejas sem brilho

Livro emprestado do Irmão André Lira.

“A Igreja é um organismo jamais vencido, mas a intervenção humana modifica a estrutura das peças estabelecidas por Deus para seu perfeito funcionamento.” Emílio Conde - capa do livro.

Este livro traz uma análise da Igreja moderna em relação à Igreja Primitiva. Embora tenha sido escrito há mais de três décadas, sua mensagem é atual. As condições da Igreja hoje são muito diferentes da Igreja no princípio de sua atuação. Como disse o autor, as igrejas perderam o seu brilho.
Os poucos capítulos deste livro nos leva a reflexão sobre como estamos atuando como Igreja, se estamos seguindo os passos dos primeiros discípulos ou se caminhamos de acordo com o mundo. Infelizmente muitos têm sido levados pelo modelo mundano e perdido a essência do verdadeiro cristianismo. Muitas igrejas hoje são prisioneiras de teologias, pensamentos, e opiniões próprias, entretanto há um modelo a ser seguido, e este, é infalível!
Um dos últimos capítulos me chamou muito a atenção: Relatório dos anjos. Emílio Conde, de maneira inteligente e criativa, faz uma reflexão sobre a presença doas anjos em nossas igrejas e o relatório que eles levam ao Senhor, a quem devem prestar contas. Este relatório tem sido muito diferente do apresentado por João em seu livro da Revelação, quando ele recebeu a mensagem às Igrejas da Ásia. É incrível como muitas igrejas hoje nem ao menos podem ser reconhecidas como tendo pouca força.
É claro que o autor não se limita a apresentar a situação das igrejas, ele apresenta soluções. Ele aponta os erros, mas mostra como corrigi-los, e por isso, o livro é extremamente importante a nós, Igreja do Senhor. Independente de qual o papel que desempenhemos em nossa igreja, como parte da Igreja de Cristo, devemos seguir o que a Sua Palavra nos ensina e procurar seguir com zelo.
“A igreja alcançará o esplendor e o respeito de todos, se ela mesma se transformar numa tocha profética, isto é, se anunciar ao mundo todas as verdades constantes da mensagem do cristianismo, tanto as de objetivo imediato como as relacionadas com o futuro. Se a mensagem não for completa, sua vida não terá brilho.” Mensagem final, pg. 94.
Super recomendo a leitura deste livro! 5 estrelas!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

A Bandeja


Livro do meu amigo Johnatan

Eu achava que daria nota máxima a este livro quando li sua sinopse.
A ideia de uma garota que vai a faculdade e ali é apresentado o mundo de pecado e ela sucumbe, mas volta atrás quando percebe a burrada que fez, parecia ser perfeita. E seria se não fossem alguns pontos negativos que encontrei na trama.
O começo da estória foi meio frustrante, uma garota de 18 anos agindo como uma de 13. Angelina aparenta ser tão imatura que chega a incomodar e eu quase desisto de continuar a leitura. Ela tem ótimos pais e uma bela vida, ainda assim quer a todo custo eliminar tudo isso para viver feito uma adolescente com hormônios desenfreados. Sinceramente, eu só consegui notar o quanto ela agia feito uma tola, quando percebi que ela jamais fora cristã. O fato de ser criada na Igreja e ter pais cristãos não contribuíram para um caráter cristão e nem mesmo para um convívio melhor com os outros. Isso é que foi incoerente, afinal ela tinha por melhor amiga a filha do pastor e a garota era ajuizada e tornou-se missionária, então porque a Angelina comportava-se como se jamais conhecera qualquer preceito bíblico? Confesso que não entendi. Se a trama era sobre uma garota cristã que cai no laço do mundo, a Angelina estava MUIIITO longe de ser uma. Os pensamentos dela estavam sempre contrários a Bíblia e tudo o que ela fazia era diferente do que a Palavra recomenda. Houve momentos em que deu vontade de entrar na estória e sacudi-la para ver se ela crescia, amadurecia e se convertia, mas... Isso é impossível! Odeio quando não posso fazer os personagens enxergarem a verdade e odeio não poder mudá-los.
Apesar do desgosto inicial, fui lendo e me deixando enxergar a estória por outro prisma. Alguns pontos eram possíveis compreender, outros, no entanto, vão de encontro a minha fé e a forma como encaro o evangelho. Angelina viveu no pecado o quanto quis. Conseguiu ter uma vida paralela e de mentiras. Não consigo imaginar como alguém pode esconder-se dos outros por tanto tempo, mas, obviamente ela estava em um lugar grande e as fofocas não chegam tão rápido. Quando a gente olha para o quão legal são os pais dela, dá muita raiva da sua maldade. Ela merecia ser castigada por isso. E não consegui ter raiva do Rico. Ele realmente era um sujeito desprezível, mas como ele mesmo disse, a vida dele foi outra. Ele sempre viveu longe da moral e dos bons costumes. Ela, no entanto, poderia ser diferente. Mesmo caindo no laço da promiscuidade, ela poderia ter pelo menos um pouco de respeito, se não por si, pelos outros que ela dizia amar.
O romance dela com o Rico foi quase absurdo. Não por ele ser quem era, mas por ela ser quem ela era. Os sonhos que ela tinha constantemente eram o suficiente para despertá-la do estado de loucura. Obviamente ela jamais lera a Bíblia, porque ela não conseguia entende-los e achava que estava tudo as mil maravilhas. Afinal, o que ela fazia antes quando ia à igreja? Será que ela jamais frequentara a escola bíblica dominical? Não sei o que a autora pensou na construção da personagem, mas de fato, a Angelina não se pareceu com nenhuma filha de crente que conheci. E isto inclui a mim mesma. Mesmo aquelas que caem no pecado não mergulham de vez e de cabeça. Sempre vão aos poucos caindo até chegar ao fundo do charco de lodo. Angelina parecia ansiosa por se afogar nele. Mergulhou com tudo.
Bom, talvez alguém tenha ficado com pena quando a vida dela começou a desmoronar. Honestamente eu torcia para que algo acontecesse a acordasse. O que aconteceu foi pouco. Ela merecia uma punição bem severa pelo que fez. Não consigo ficar feliz pelo final dela. Não mesmo. A autora foi muito boazinha com a personagem desde o inicio. Eu queria um pouco de realismo. Sofrimento é algo que perdura na vida de quem se afogou na lama. Ela merecia isso. Simplesmente porque deixaria o exemplo para tantas garotas desmioladas que acham que Deus é amor e não vai acontecer nada consigo, mesmo que aprontem muito e mergulhem de cabeça no pecado.
Gosto de boas estórias. Gosto de emoção e fantasia, mas quando se trata do evangelho, gosto do realismo. Aprecio que a palavra seja exposta de maneira real. Aprecio o cajado e o abraço. Faltou isso no livro. Faltou a justiça de Deus. O amor de Cristo e sua justiça andam juntos. Não há como separá-los e não há como colocá-los longe um do outro.
Eu esperava um desfecho melhor para o Dante. Ele foi um cara incrível e merecia um final igualmente. E juro como queria uma participação mais presente da Natasha. Como melhor amiga, ela bem que poderia ter aparecido mais na estória. Gostei da transformação da Michele, e achei bem interessante o seu final. Mas, embora tenha havido um final de mudanças e transformações para todos, inclusive para o vilão, achei que o livro não cumpriu o seu papel de romance cristão. Faltou a Palavra. Não há ênfase no Evangelho, como eu esperava. A autora esqueceu-se do que a Bíblia diz sobre luz e trevas e insinuou que pode haver um romance entre crentes e descrentes.¹ Ela também incluiu uma palavra de baixo calão no texto o que foi muito desagradável. A Bíblia diz que o que falam os ímpios não devemos repetir, mesmo que a fala tenha sido de um personagem, ainda assim, ela poderia ter utilizado outras palavras e não palavrões. Eu senti muita tristeza por perceber que o relacionamento físico foi muito valorizado na estória e pouco foi enfatizado o relacionamento espiritual, além de dá a entender que podemos servir a Jesus de qualquer maneira. Não entendi bem a proposta do grupo missionário na faculdade. Pareceu que o objetivo era criticar a Igreja como instituição e valorizar o individualismo. Ficou meio que inserido a ideia de que a Igreja é um amontoado de regras desnecessárias e que podemos ir até a Deus de qualquer maneira que simplesmente seremos salvos por Ele. Posso estar errada em meu pensamento, mas foi exatamente o que senti enquanto lia algumas partes do livro. Não sei exatamente se recomendo. Nem todos são bons discípulos de Paulo, quando ele disse: retenham o que é bom. Há pontos positivos no livro. Há coisas boas a serem aproveitadas. Mas, há pontos fortemente contraditórios a quem busca um livro genuinamente cristão. No máximo 3 estrelinhas.

¹ Página 69 “Ser cristão não deve ser o principal critério para escolher um namorado. Até porque tem muito garoto dentro da igreja que é pior do que os que estão fora dela.”



quarta-feira, 18 de maio de 2016

Cassiane Uma vida com muito louvor

Livro do meu amigo Johnatan

Em primeiro lugar gostaria de pedir-lhe, caso seja um fã da cantora, que não se estresse comigo. A minha análise aqui é sobre o livro e não sobre o talento da mesma. Assim, por favor, não faça comentários de maneira desagradável, lembre-se do que Paulo nos ensinou: ler tudo e reter o que é bom! Ainda que ele não tenha falado em ler, mas tem o mesmo sentido.
Bom, sendo bem honesta e sendo bem direta, o livro não é necessário. Não contribui em absolutamente nada no campo literário. Na realidade por tratar-se de uma aparente biografia, eu esperava ler algo assim. Não é. O livro é como se fosse uma entrevista de um artista ao público fã. Embora não haja as perguntas, a forma como são iniciados cada parágrafo dá esta impressão.
Eu poderia imaginar que seria algo superficial e meio estrelismo pela sinopse da contracapa: “ícone máximo na música gospel, vendeu milhões de CDs...” Isto com certeza nos prepara para um discurso de superego! Enfim, fui lendo mesmo sem gostar, na necessidade de encontrar ao menos um trecho que valesse a pena e mudasse a cara do livro. Não achei! Aliás, achei uma necessidade de autoafirmação muito grande e não só da cantora, mas também do seu esposo no capítulo final. A cantora fica o tempo todo dizendo que é simpática, que é comunicativa e etc. As qualidades de alguém não precisam ser citadas por si e sim pelos outros, isso nos faz pensar que a pessoa está apelando para o leitor gostar dele. Afs!
Em cada capítulo foi utilizado um título com referência às músicas que fizeram sucesso. Aí no final do texto é colocado um versículo como se isto fizesse cristianizar o capítulo. Sei lá, pareceu meio forçado. O evangelho é meio forçado em toda a narrativa. Talvez nem fosse esta a intenção, mas uma vez que eles não escolheram um bom escritor para escrever sua história, o livro torna-se insosso e com cara de revista teen. Bom, só faltou eles colocarem uma tonelada de fotos para ficar igual às revistas de artistas famosos, e vir com um super pôster. Mas, claro, há um capítulo dedicado às fotografias e a reafirmação do sucesso deles como astros gospel. Uma revista típica de artistas com informações pessoais deles seria bem mais apropriada.
No fim, ainda encontrei um pensamento totalmente antibíblico: “Quando Deus acha um coração adorador, ele se agarra àquela pessoa.”pg. 163. Cuma? Mas que teologia é essa? Deus não precisa de nós, somos nós que precisamos dEle. Aliás, Ele não necessita de nosso louvor porque há anjos no céu que fazem isso. Ele recebe nosso louvor e adoração porque Ele é bom e nos ama. Nada, além disso. Não somos os astros, Ele que é o merecedor de tudo. Se existe algo que me chateia é ver gente colocando Deus na condição de necessitado de algo ou dependendo de algo. Ele é Todo Poderoso e nós somos limitados.
Bom, para concluir minha insatisfação com o livro, devo dizer que este só deve ser lido por aqueles que são fãs da cantora, mas fãs no sentido de quem compra tudo sobre seu artista favorito. Quanto aos que apenas gostam de ouvir uma bela letra e de ler bons livros, este é pura perda de tempo. A impressão que tive bem ao finalzinho, é que a cantora estava começando a cair no sucesso e resolveu lançar um livro sobre si para atrair o público novamente, pois isto ficou meio que explícito nos últimos parágrafos: “Lembro que, em meio às dificuldades... quando não podia gravar novos CDs... foi quando nasceu a ideia de escrever este livro...”pg. 165.

Novamente reforço que esta é minha opinião sobre o livro e não se traduz em meu pensamento a respeito da cantora ou sua musicalidade. Minha opinião está relacionada apenas ao que leio e o que acho daquilo que li.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Chaves A história oficial ilustrada

Livro do meu amigo Esdras Johnatan

Eu cresci ouvindo e vendo o seriado do Chaves e Chapolin. Ouvindo porque em casa não tinha TV e na rádio FM conseguia captar o áudio do SBT, aí todos os dias eu e meu irmão ficávamos ouvindo e imaginando as cenas, e isto era bem legal. A gente ria feito bobos imaginando as trapalhadas do Chapolin e as brincadeiras das crianças da Vila. Bons tempos! Claro que de vez em quando a gente assistia os episódios, quando íamos à casa de vovô ou de algum parente que tinha TV, aí nós ficávamos de olhos grudadinhos na tela, sem nem piscar. Lembro-me do medo que eu tinha dos episódios em que as crianças invadiram a casa da dona Clotilde. Risos.
Quando vi o livro em um catálogo, que li o título, imaginei outra coisa. Pensei que seria a história do Chaves em forma de quadrinhos ou como diz na capa, ilustrada. Aí eu tive o exemplar em mãos e pude ler a sinopse na contracapa e entendi que seria a biografia do Roberto Bolaños. Bom, eu pensei, vai ser legal conhecer a pessoa por trás do personagem, e até foi, em partes.
O livro não segue uma linha cronológica e isto é ruim. Sentimos-nos meio que perdidos na história. Mas, entre idas e vindas no enredo, o escritor narra detalhes desnecessários e omite outros que os fãs do artista com certeza tem o desejo de saber. As fotos são parte importante, a gente se surpreende com a aparência de alguns dos atores (nunca que imaginava que a dona Florinda fosse bonita, quando jovem, mas ela era linda!) principalmente fora do seriado. Entretanto, embora as fotografias sejam parte importante do livro, elas não seguem uma ordem e nem mesmo explicações, assim a gente fica confuso.
O que realmente é sem necessidade no livro, é a descrição dos personagens do seriado Chaves, ocupando várias páginas com algo que os telespectadores da série já conhecem. E vamos ser sinceros, ninguém que não tenha assistido o Chaves vai ocupar-se em ler o livro sobre ele. Ah e eu também acho improvável que alguém no Brasil nunca tenha visto pelo menos um episódio, sendo assim, todos conhecem os personagens e não precisavam ser descritos no livro.
A parte boa do livro é a entrevista do Roberto Gómez Bolaños, porém ela é tão curta que a gente fica chateado e pensando: só isso?
O escritor do livro não fala quase nada sobre a vida dos personagens secundários que foram fundamentais a carreira do Roberto Bolaños no seriado do Chaves, e não conta praticamente nada sobre seus filhos, e ele teve seis.

Enfim, o livro poderia ser realmente bom, mas por todas estas falhas e pela estrutura do enredo às vezes ser confusa, além dele focar apenas a carreira do Bolaños com todos os personagens que ele criou, mas sem os detalhes importantes sobre eles, o livro acabou sendo mediano. Não vou classificá-lo com ruim porque tem algumas coisas bem interessantes na história, porém como estas são poucas, eu dou apenas duas estrelinhas, e isto porque sempre gostei do Chaves e Chapolin. “Não contavam com minha astúcia?” “Isso, isso, isso!” 

domingo, 1 de maio de 2016

O meu pé de Laranja Lima


Não pretendia ler este livro. Não sei por que, mas ele foi trazido para que eu lesse e ficasse com dores no estômago.
Que história, meu Deus!
Em um dia comum, pensando sei lá em quê, comecei a folhear este livro e me vi lendo-o de capa a capa. Bom, não pensei que a história fosse TÃO triste e me fosse fazer chorar tanto. Não, eu não o recomendo para quem é sensível ou tem problemas emocionais e cardíacos. Você pode enfartar de raiva e tristeza. Pode também ficar com úlcera. Eu ainda estou com dor no estômago, e já faz três dias que o li.
É uma história real. Sim, isto mesmo. Não é ficção, se fosse eu choraria, mas passaria logo e eu não ficaria tão incomodada.
O autor conta uma parte de sua infância, um trecho de sua vida dos cinco aos seis anos. Como é possível que em um ano alguém sofra tanto? Sim, ele sofreu muito e eu devia ter entendido que era um livro sobre uma vida cheia de dores quando ele começa a primeira página do livro dizendo: “História de um menininho que um dia descobriu a dor...”
Ele começa a história contando sobre uma época perto do Natal, mudanças, necessidades financeiras e emocionais, e tantos outros problemas que fica difícil não começar a ler e já sentir o estômago apertar. E ele é só um garotinho de cinco anos vivendo em meio aquilo tudo.
Como toda criança saudável, ele é arteiro. Claro que às vezes a inteligência dele, mesmo que para aprontar uma bagunça, mostra claramente ser superior a outros garotos de sua idade. Ele poderia ser considerado um menino superdotado, afinal aprendeu a ler sozinho e antes dos seis anos. Mesmo em meio a todo sofrimento que passa ele não deixa de ser um menino meigo. E quando ele apronta algo e vê que feriu alguém, ele acaba sofrendo a culpa dentro de si. O revoltante é que seus pais não o entendem e o tratam mal. Ele apanha tanto que chega a nos dá raiva da família dele. Ainda assim, ele tem uma imaginação incrível, cria estórias, conversa com as plantas (o nome do livro é justamente em homenagem a sua melhor amiga, uma arvorezinha do fundo do seu quintal, a quem ele carinhosamente batizou de Minguinho ou Xuxuruca, este último quando ele queria fazê-la sentir-se especial) e animais. Cuida do irmãozinho menor, se preocupa com a professora, se preocupa com os pais a ponto de trabalhar em um dia de natal só para trazer um presente para o pai, faz amigos, briga pelo irmão – mesmo que acabe apanhando.
Ele com certeza era um garoto maravilhoso, ainda que sapeca. E isto fez com que ele conquistasse a amizade de alguém que o fez feliz por um pouco de tempo, o Portuga. Um cara que ouviu a voz do coração e procurou conhecê-lo de perto, ouvindo seus pensamentos e sua sabedoria de menininho. Esse momento me deu esperanças de que a sua história mudaria e se transformaria em uma bela história de superação. Afinal, o Portuga o leva a pescar, passear no carro e comer guloseimas, até mesmo a assistir no cinema o filme do Tarzan. Mas, como parece que algumas pessoas nasceram e sofreram até que foi capaz de lutar por si mesmo, ele acabou sofrendo mais uma vez, o Portuga partiu, e com ele, o coraçãozinho do menino foi partido.
E aí termina a história. Um menininho arrasado e chorando. E eu fiquei da mesma forma. Ainda tentei pesquisar sobre o futuro dele na internet, mas ao que tudo indica, a vida dele não foi muito melhor depois. Ele perdeu as pessoas que ele mais amava. Isso só me fez chorar ainda mais!
Não recomendo o livro para alguém que não goste de histórias tristes. Eu preferia não ter lido. Ainda estou sentindo por ele. Ainda estou lamentando a dor de uma criança que poderia ter sido muito feliz se fosse compreendida! 

A princesa


Já li e reli este livro tantas vezes que perdi a conta. Sempre que releio, choro e me emociono com a beleza de cada momento dessa história.
O mocinho é o tipo de príncipe desejado por toda garota cristã: bem crente, inteligente, poeta, divertido... Ele tem tantas qualidades que nos faz gostar dele de cara.
A mocinha é o tipo de princesa de contos de fadas: linda, órfã de mãe, solitária, pianista e triste.
Os personagens coadjuvantes são típicos: divertidos, sensatos, aventureiros...
Como toda boa história eles não se conhecem e nem imaginam que poderão conhecer alguém da forma que se conheceram: no noivado dela com um velho rico e insuportável.
Bom, o mocinho saiu do interior onde viveu uma vida inteira de aprendizado e crescimento espiritual, ao lado dos pais. Na cidade grande, ele não sabe exatamente como encarar tantas diferenças e tantas indiferenças. É nesse cenário que ele conhece o Loirinho, um garoto engraxate que se torna seu amigo e busca viver um sonho de liberdade. Loirinho é muito imaginativo e partilha com Roberto  (o mocinho) seus sonhos e frustrações. Roberto o ajuda como conselheiro e acaba por ajudar a Princesa sem ao menos conhecê-la. Loirinho vira o garoto-recado que vive levando cartas de Roberto para a Princesa.
Um dia eles se conhecem e ele percebe o quanto ela é triste, mas eles não podem se falar, uma vez que é o noivado dela e o pai dela é um tirano.
A vida vai seguindo com ele escrevendo pra ela, até que um dia ela aceita Jesus e encara seu pai, sendo expulsa de casa. É aí que começa a aventura! Ela vai atrás de um emprego e o vê ao longe com alguém, que dizem ser a noiva dele, assim ela desiste do amor que estava surgindo e parte para longe. Os dois vivem em desencontros e nessa situação eles passam a depender do amor do Pai, para crescerem e serem moldados. Depois de tantos problemas que envolvem acidentes e morte de pessoas querida, eles finalmente se reencontram e se casam.
A história não termina aí, como é de se esperar. Agora vêm os desafios da vida a dois com as dificuldades e limitações que os cercam. Eles enfrentam tudo com orações e lágrimas, inclusive os problemas com os filhos que lhes nascem. Este é o tempo de crescimento de aprender a depender completamente do Pai.
O livro é encerrado de maneira abrupta que nos deixa com o pensamento: o que será que aconteceu? Apesar disso, vale a pensa ler cada trecho, cada capítulo. O livro é fascinante do início ao fim. Embora que para os tempos em que vivemos possa ser considerado muito pueril. Talvez seja exatamente isso que o faz tão bom e nos faça sempre querer relê-lo. Eu recomendo!
“- Estou aprendendo que o valor da vida é muito alto. Jesus Cristo morreu por esta vida que vivemos, e por isso temos de vivê-la com triunfo, com honra, aprendendo que o amor é muito mais do que imaginamos. Em Deus há perfeição, Roberto, e não será a falta de uma perna que o tornará imperfeito.” A princesa. Pág. 131

domingo, 3 de abril de 2016

A Mulher V


Honestamente eu não queria ler este livro. Não era pelo tema, capa ou a sinopse. Simplesmente não fui com a cara da autora.
Eu o li ano passado. Foi um presente de uma amiga especial que esta fazendo aniversário hoje (http://modernafilhadeeva.blogspot.com.br/) e nada mais justo do que homenagea-la com uma quase resenha do livro que ela me deu há um ano.
Sim, foi um presente de aniversário da minha melhor amiga, por isso eu tinha que ler. Eu o peguei com total desânimo, uma vontadezinha de jogá-lo pra lá. Mas, amigas de verdade ouvem o conselho e seguem na leitura de algo novo, de uma autora que não conhecemos e que não nos causa das melhores impressões.
Vamos ao que interessa: O livro! Realmente ele me surpreendeu. Das primeiras páginas ao final, eu amei. Ainda não consigo associar o texto com a escritora, mas... O livro é bom! Muito bom!
Não é autoajuda, pelo menos não foi essa impressão que tive. Ele é mais uma análise do capítulo 31 de Provérbios, ilustrado com personagens bíblicas e reflexões.  Para cada qualidade da mulher de Provérbios vem uma reflexão sobre esta, e sugestões bíblicas. Sim, há questionários e orientações para que sejamos virtuosas, mas não é pelos métodos comuns, é pela vida espiritual. (E é aí que não consigo associar a autora com o livro). Ela enfoca muito a Bíblia e prática de vida diária com Deus. Há incentivo à oração e ao crescimento espiritual pela leitura da Palavra. E o mais interessante é que a leitura é tão dinâmica que nos sentimos como se estivéssemos em um bate-papo com uma amiga cristã, estudando a Bíblia.
O livro conta com páginas de anotações e nos faz querer marcá-lo e escrever trechos dele em nosso diário. Foi isso que fiz. Pintei-o de marca-textos cor de rosa, laranja, verde; escrevi as perguntas e respostas na minha agenda, grifei e marquei partes interessantes e fiz correção em uma explicação dela quanto à Débora e Baraque. Depois de lido, voltei às partes grifadas e reli. Senti que este era um livro especial, um daqueles livros que temos que voltar a ler de vez em quando porque ainda tem algo que precisamos absorver para nosso crescimento e edificação.
Bom, não fosse por minha BFF e a insistência dela de que era um livro ótimo, eu nunca o teria lido. Agora, sinto-me imensamente feliz por tê-lo feito. Eu aprendi muito. Eu cresci espiritualmente. Eu amadureci e vi muitas coisas mudarem em minha forma de pensar. Inclusive esta: nunca julgue um livro pela cara da escritora!
Eu realmente recomendo este livro a todas as mulheres cristãs, sejam casadas ou solteiras. Ser uma mulher V é o que todas nós deveríamos lutar para ser. Porque nós bem sabemos que é isto que Deus quer de nós.
“O que é verdadeiramente raro nos dias de hoje? Mulheres que são felizes consigo mesmas (...) Esta raridade não pode ser comprada ou encomendada em lugar algum. Não porque esteja em falta; simplesmente, ela só está disponível para aquelas que escolhem o caminho da sabedoria.” A mulher V pg. 21



sexta-feira, 1 de abril de 2016

Cartas e memórias


Tinha uma coleção de cartas e foi isto que li nos últimos dias.
As lembranças da adolescência vieram com força. Pessoas que nem lembrava mais, voltaram a minha memória. É engraçado relembrar coisas de 15 anos atrás ou mais.
As pessoas não deviam optar por conversar via chat e sim por cartas. É mais pessoal e mais valioso.
Embora as guardasse por todos estes anos chegou o momento de sepultá-las junto com as recordações. Na realidade optei por cremá-las junto às memórias. Tudo bem, as memórias não se apagam. Porém, posso simplesmente esquecer muitas pessoas ao fazer isto. É bom lembrar-se de quem nos fez bem. É bom esquecer quem não fez algo marcante, que apenas passou e se foi. Foi com este pensamento que encerrei esta etapa da vida: “Não vos lembreis das coisas passadas...” Isaías 43.18.
Como o passado está lá num tempo em que não volta guardar cartas de quem não voltará ao meu circulo de amizades, é tolice. E, embora eu seja sentimental e apegada as coisas comecei por estas e prossigo para outras. Meu alvo é o futuro e vou me desprendendo suavemente do passado, vivendo o presente como ele é.
Ainda tenho cartas comigo, de pessoas que se correspondem hoje e para elas tem um lugarzinho especial em meu baú de memórias! Eu com certeza amo escrever e receber cartas, mas nem todos curtem esse método antigo de conhecer uma pessoa. Relendo as cartas percebi que as pessoas tentavam falar sobre si um pouco mais sincero do que vemos nas redes sociais. Bons tempos... Mas, como tudo passa e só o amor permanece, aqueles que nos amam sempre ficam por perto, sempre dão o jeitinho de estar presente.
Ler cartas é tão bom quanto ler diários antigos, caderninhos de enquetes... Eu tinha dois caderninhos destes, de quando tinha 13 anos e do meu último ano na escola. Foi interessante reler as respostas e os sonhos de cada um. O engraçado foi ver que a maioria das pessoas mudaram totalmente seus sonhos e planos. Entretanto, percebi que alguns não queriam mudar, a vida se encarregou de levar pra longe seus objetivos.
Enfim, acabou mais uma fase nostálgica. Resolvi ser mais realista, mais pé no chão. Vou voltar aos livros e as novas cartas que virão.


quinta-feira, 17 de março de 2016

O Homem que orava



Acervo pessoal

   Reli este livro no mês passado.
   A primeira vez em que o li foi há muitos anos, emprestado de um pastor que hoje é missionário na África. Na época peguei vários livros pra ler e o prazo de devolução era muito curto, então alguns realmente ficaram na minha memória e outros eu esqueci por completo. Este foi um dos que não recordava a história embora, lembrasse que se tratava de um irmão que foi evangelizar na Índia.         
  Confesso que pensava ser um livro sobre missões. Surpreendi-me ao começar a ler e ver que era muito mais que isso. O homem que orava, era realmente um homem de oração. Mais que isso, ele tinha que orar. Era uma necessidade para ele estar em oração e por diversos motivos mas principalmente no clamor por almas.
   O livro é impactante. Mexe com nossas emoções. Nos desperta. Faz-nos refletir sobre a nossa vida e nosso amor pelas almas. É maravilhoso. Tocante. Único. Vale a pena ler cada capítulo.
   João Hyde foi um homem comum movido por uma paixão incomum: almas. Não é o tipo de paixão que muitos afirmam ter e não se mexem em direção à conquista. Ele lutava, com joelhos no chão e um incansável clamor em seus lábios. Mas não ficava só em oração. Ele ia à luta entre os perdidos e por isso quis ir para Índia pregar o evangelho entre os hindus. Essa paixão foi passada para ele por seu irmão que faleceu no campo missionário antes de alcançar frutos. João não importou-se de ir ao campo e se deixar gastar por estas vidas. Ele foi com muito amor por cada um hindu que encontrou ou qualquer outra pessoa que não conhecia o Evangelho. Ao final de sua labuta havia ganho milhares de almas. E esta trajetória durou bem pouco pois, João Hyde morreu jovem. Na realidade ele simplesmente partiu ao encontro do Amado Mestre, porque é isso que acontece com aqueles que amam ao Senhor de todo coração e se entregam à Sua Obra, essas pessoas são chamadas mais cedo ao Lar do Pai.

   O único defeito é ser um livro tão curto e não ter tantos detalhes sobre a vida de João Hyde  quanto eu gostaria.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

8 mulheres com quem um homem cristão não deve casar-se

8 mulheres com quem um homem cristão não deve casar-se: ...obtive inúmeros pedidos de indicações semelhantes para os homens que estão procurando uma esposa. Como estou aconselhando vários rapazes atualmente e tenho visto alguns deles se casarem nos últimos anos, não foi difícil esboçar essa lista. Aqui estão algumas mulheres que eu digo a meus filhos espirituais evitarem:

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O Povo mais feliz da Terra


arquivo pessoal
   Li este livro há alguns anos, melhor dizendo, há MUITOS anos. Enfim, dia desses resolvi relê-lo. Minha vida tem sido bem ocupada e o tempo para ler está escasso, mas, não deixo que isso atrapalhe minha paixão pelas letras e, de vez em quando, deixo tudo pra lá e pego um livro pra ler.
   Este livro conta a história da família Shakarian e a descoberta do movimento pentecostal pelos armênios. O irmão Demos Shakarian narra a história a partir do seu avô, que também se chama Demos, quando este ainda morava na Armênia. O Sr. Demos conheceu o batismo com Espírito Santo através de pregadores russos, nos anos de 1800, bem próximo aos anos de 1900. Isso foi algo que me surpreendeu. Sempre imaginei que o movimento pentecostal que deu origem as igrejas de hoje tivesse surgido nos Estados Unidos.

   A história começa com o avivamento na Armênia trazido pelos russos. Depois vem o agir de Deus fazendo com que uma criança recebesse revelações e as escrevesse, sem que ela soubesse ler ou escrever anteriormente. A revelação foi sobre a perseguição por muçulmanos turcos, que estaria por vir, e, logo os cristãos deviam abandonar o país e vir para os EUA. Quem atendeu a profecia escapou das torturas e da morte. O avô Demos foi um dos que ouviram e atenderam as ordenanças divinas, ele veio para América e viveu sob a direção do Espírito Santo. Então começa a saga da família Shakarian no continente americano. As lutas e vitórias vividas por uma família que buscou viver sob a orientação e direção do Espírito. É incrível o relatos dos muitos milagres presenciados no meio deles. A sensação que temos é que eles viviam numa esfera espiritual constante. Honestamente, se eu não fosse cristã pentecostal, teria dúvidas da veracidade do que ele conta ao casal Sherrill, autores do livro. Por outro lado, o casal que escreveu a história, tinha uma incredulidade total no que se falava sobre o senhor Shakarian, então eles resolveram ir ver de perto. Há registros em jornais e até mesmo na TV, dos muitos milagres e bênçãos ocorridos no início dos anos 1900, quando o movimento Pentecostal começou na América e, muitos destes milagres foram realizados entre os Shakarian e demais crentes da congregação a qual eles faziam parte. Eles também realizavam muitos cultos em parceria com outras confissões evangélicas, como os ortodoxos, luteranos e até mesmo os irmãos da Rua Azuza. 
   Enfim, o livro é uma quase biografia perfeita. Quase porque relata muitas histórias de pessoas que não faziam parte da família, mas, que estava ligada a ela de alguma forma, e também não se destina exclusivamente a contar a história da família, e sim a falar sobre o início do movimento pentecostal entre um povo. 
   O livro é maravilhoso. Empolgante e envolvente. Não dá pra iniciar e largar pra lá, a gente quer saber o que mais aconteceu. Outra coisa incrível que acabei descobrindo ao ler o livro, é que a ADHONEP foi fundada por ele. 
   Para os pentecostais, o livro é fascinante por tratar-se do princípio do pentecostalismo em nossa era. Para os não pentecostais, é um livro curioso e incrível. Vale a pena ler cada página como se fosse a história de um antepassado nosso, como se fosse a nossa história.